É na companhia do calor de um corpo de mulher que ele se eleva. A cama acolhe e cumplicia o momento e nele todo o prazer se excita. Meu pénis não se contem de tesão, mas é no resguardo das ações que devemos prolongar os desejos. A penetração deve, por extremo imperativo, ser o último acto sexual. Vamos fazer durar todos os preliminares para que o coito não seja mais um ato trivial...
J.A.

Num ato condicionado, subscrito por duas pessoas, o dominador nunca deverá esquecer que o dominado apenas deixou-se dominar por consentimento e não por imposição. Caso contrário será sempre considerado um ato de traição. Esta é uma das regras de ouro no prazer de uma audaz relação...
J.A.

Desde quando a arte de pintar um nú chegou às "irmãs e servas de Deus"? Talvez desde o dia em que a religião pôs de lado as suas regras e se tornou na realidade um ato de fé e tolerância...
J.A.

No passado o meu sorriso iluminava-se de alegria. A vida não era bela mas interessante. A estabilidade reinava no campo dos sentimentos, os dias pareciam mais longos e brilhantes e fervilhavam em mim otimísticos pensamentos.

Bem tento afastar-me do passado e por momentos esquecer o quanto fui feliz, mas o meu coração não quer, tem saudades desse tempo, dessa era de emoções despreocupadas, onde o simples ritmo do andar das coisas não tinha horizontes previstos.

O Amor era saboreado e manifestado de uma forma diferente, umas vezes mais intenso, outras, um pouco ausente, mas era suficiente.

Hoje o meu sorriso rima com cinzento, não tem cor nem envolvimento. Uma alegria magra e frágil e um aparente esboço de felicidade é tudo o que tenho para oferecer...

J.A.

Pintei os lábios da cor de uma rosa vermelha que, em segredo, alguém me deu, para combinar com o amor que trago no peito por quem flores nunca me ofereceu...
J.A.

                               Estou pronta para te receber, nua e ansiosa.
                               De copo na mão, com uma bebida para beber.
                               Quero-te dar prazer nesta noite, caprichosa.
                               Do tempo que faz lá fora, não quero saber.

                               Vem, vem regar este meu jardim, florido.
                               O meu botão de rosa, boceja, molhado.
                               O teu mal-me-quer é-me tão apetecido.
                               Tua língua, enlouquece-me num prazer, obcecado.

                               O teu corpo e o trabalhar, frenético, uma excitação,
                               O vaivém do teu membro, quente, é puro esplendor.
                               Os meios seios, fervilham no exercício da ação.
                               E todo o sexo, exclama o mel do nosso amor.

                               J.A.

O prazer não está apenas na ponta de uma sensação, mas sim na forma como ela é produzida.
É no bailar dos lábios famintos e no seu doce paladar que deliro na tesão sentida...
J.A.

O Amor não conhece corpos, não distingue comportamentos, estatuto social, profissões ou personalidades.
O Amor apenas acontece e, muitas vezes voa numa rota indefinida, contrária aos conceitos definidos pela sociedade.
O belo do Amor está na forma como acontece, na sua espontaneidade e na emoção de como é manifestado...
J.A.

Dá mais cor à intimidade das tuas relações.

Descobrirás que nesses momentos a dois,

A imaginação produz mais calor nas ações,

E os orgasmos, divinos, mais saborosos, depois.

Usa o teu corpo, liberta a tua mente,

Ama-te e ama alguém com a mesma intensidade,

Não te prendas à pudicidade de uma repulsa permanente,

Joga, brinca, mesmo velho ou velha, promove a tua liberdade.

Não te deixes morrer lentamente, saca da pistola e dispara,

Não te queixes do que não fizeste, diz antes, vou fazer,

Esta vida é curta, a pele enruguesse e o tempo não pára,

É preferível enlouquecer de prazer do que lamentar de nunca o ter.

Convida para amar quem realmente merece, não quem te apetece,

É real, os sentimentos jamais poderão ser conduzidos ou condicionados,

Mas, no infinito do incógnito, o cupido dispara e o amor, do nada aparece,

Vive a vida, não te percas nos momentos, dececionados.

Reticências... Continuidade, incerteza, indefinição.
Os pensamentos ganham asas, voam ao sabor da imaginação.
Os corações, confusos ou sóbrios, traem a razão.
As emoções, contraídas, libertam-se no incógnito da ação.

O desconhecido é permuta incondicional, do avançar.
A aventura do viver tem mais cor, no querer alcançar.
O dia é uma incógnita do desejo, de o bem terminar.
A construção dos sonhos, será sempre uma obra por acabar.

Reticências... Infinito, nascimento, morte.
As paixões, acendem-se, no mero acaso de uma pura sorte.
Os encontros, entre a amizade e o desapego, causam desnorte.
O amor, pode começar num beijo ou acabar num abraço, forte.

As expectativas, andam de mãos dadas com a esperança.
A música, muitas vezes não combina com a dança.
A peça que atua no palco, nem sempre o objeto, alcança.
A vida sem reticências não teria o significado, que sobre nós lança.

J.A.