A aragem do norte trás no desenho
dos teus lábios um aroma breve, de encanto.
No preto e
branco do teu retrato um doce entardecer, rima, na memória do sonho.
O teu rosto
de mulher, esculpido pela beleza, num acaso de espanto.
E esse
silêncio que queria falar, permanece, intemporal, num desejo risonho.
O segredo
dos teus olhos, sabe a mistério por revelar, indefinida abstração.
Os teus
cabelos sem cor, protestam a dor de outras vivências, desprendidos.
A música
que ouves, será sempre aquela que te ilumina a alma e aquece o coração.
E nada mais
há a acrescentar à harmonia da tua face do que, olhares rendidos.
Cada
pensamento teu, voa pela palavra, sem poisar no destino, incerto.
Sem fim, a
coragem perde-se em cada vaga do tempo, que virá na incerteza,
Um dia vais
saber o que é amar e ser amada, a vida te sorrirá de novo, por certo.
Um alguém,
cairá do céu e se renderá ao calor da expressão da tua beleza.
Saberás te dar ao sabor do mel, pois do fel, experiênciado, queres distância.
E eu, que te revejo na inocência de não ter certeza de nada.
E vislumbro a possibilidade de um dia te ver e estar perto dessa tua inconstância.
Perspetiva irrealista de um sonhador, cuja amizade, não quer, quebrada.
J.A.
Photo by C.R.

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